Data: 16/12/2025

Os peptídeos bioativos têm se consolidado como componentes importantes na nutrição animal devido à sua atuação direta em processos fisiológicos essenciais.

Derivados de proteínas de alta qualidade e obtidos por processos enzimáticos controlados, esses compostos apresentam propriedades fisiológicas específicas que promovem funcionalidades nutricionais.

Por isso, neste blog vamos abordar os seguintes tópicos:

O que são peptídeos bioativos e como são produzidos

Peptídeos bioativos são sequências curtas de aminoácidos liberadas a partir de proteínas por meio de processos tecnológicos, principalmente a hidrólise enzimática. Este processo utiliza proteases específicas que quebram proteínas complexas em frações menores, facilitando sua absorção e possibilitando o surgimento de atividades biológicas que não estavam acessíveis na proteína íntegra.

A produção envolve a fragmentação controlada das proteínas originais, preservando características importantes para atuação no organismo animal. A utilização de enzimas direcionadas permite obter peptídeos com propriedades relacionadas à imunidade, integridade intestinal e melhor aproveitamento dos nutrientes.

O controle industrial do processo garante padronização, reprodutibilidade e obtenção de ingredientes com perfil consistente, favorecendo aplicações nutricionais que vão além da simples oferta de proteína.

As proteínas hidrolisadas se destacam como principais fontes de peptídeos bioativos devido à sua digestibilidade elevada e rápida absorção. O processo começa pela seleção da matéria-prima proteica

O processo é conduzido com uma ou mais proteases escolhidas de acordo com o tipo de peptídeo desejado. Essas enzimas, que podem ser de origem animal, vegetal ou microbiana, atuam liberando sequências peptídicas com estrutura e tamanho definidos. A eficiência dessa liberação depende de fatores como o tempo de reação, a proporção entre enzima e substrato e o pré-tratamento aplicado à proteína. Ajustes finos em parâmetros físico-químicos, especialmente pH e temperatura, permitem que o processo seja altamente reprodutível e padronizado em escala industrial.

Diversas combinações de proteases têm sido usadas na obtenção de peptídeos bioativos, incluindo pepsina, tripsina, quimotripsina, pancreatina, alcalase e termolisina, cada uma contribuindo para perfis únicos de hidrólise e para a obtenção de sequências com propriedades funcionais distintas. Essa abordagem apresenta vantagens relevantes para o setor produtivo: controle preciso das etapas, possibilidade de escalonamento industrial, alta padronização dos lotes e menor tempo de processamento quando comparada a métodos como fermentação microbiana (LÓPEZ-GARCÍA et al., 2022).

Como os peptídeos bioativos atuam no sistema imune animal

Os peptídeos bioativos são fragmentos proteicos que, ao interagir com o metabolismo animal, modulam respostas fisiológicas importantes, especialmente ligadas ao sistema imunológico e à saúde intestinal.

As moléculas peptídicas melhoram o sistema imunológico, reduzindo a probabilidade de contágio de doenças, como viroses e outras mais complexas.

Isso acontece porque os bioativos atuam como antioxidantes e antimicrobianos, servindo como barreiras contra eventuais ataques de vírus, bactérias e outros microrganismos.

O resultado é um animal mais saudável, com menor incidência de doenças e melhor conversão alimentar.

A evolução da imunonutrição representa um marco na produção animal moderna. Ao invés de depender de antibióticos para controle de desafios, a indústria avança para soluções que fortalecem o sistema imune de dentro para fora, por meio de ingredientes funcionais.

Os peptídeos bioativos são protagonistas nesse processo, oferecendo uma alternativa natural e cientificamente validada para manter a produtividade e reduzir riscos sanitários.

BioActio: imunidade e desempenho

BioActio é a linha de Proteínas Hidrolisadas de Frango da MBRF Ingredients, ricas em peptídeos bioativos e com baixa massa molecular, é indicada para aplicação em dietas de — pets,, suínos, aquacultura e carcinicultura.

Características técnicas e diferenciais:

Alta digestibilidade e absorção eficiente dos nutrientes: os peptídeos bioativos funcionais de BioActio têm perfil que favorece a utilização de aminoácidos essenciais e vitaminas, o que otimiza a síntese proteica e o metabolismo animal.

Baixa massa molecular e biodisponibilidade elevada: o processamento garante cadeias peptídicas curtas, o que favorece sua absorção intacta e rápida utilização fisiológica.

Sustentabilidade e economia circular: a matéria-prima usada na produção de BioActio provém de coprodutos da cadeia MBRF, agregando valor aos subprodutos e promovendo um modelo de nutrição consciente e eficiente.

Ao incorporar componentes da linha BioActio nas dietas, os formuladores têm acesso a uma fonte proteica de alto valor funcional, capaz de suprir aminoácidos essenciais com eficiência e ao mesmo tempo fornecer peptídeos que exercem funções benéficas ao organismo.

Considerações finais

Os peptídeos bioativos representam uma das frentes mais relevantes da evolução nutricional, especialmente em cadeias produtivas que exigem desempenho constante, saúde robusta e menor exposição a riscos sanitários. Por serem derivados de processos industriais controlados, eles oferecem previsibilidade e funcionalidade, dois fatores essenciais em sistemas que buscam estabilidade e resultados consistentes.

A aplicação de proteínas hidrolisadas como fonte desses peptídeos reforça uma transição importante no setor: a nutrição deixa de atuar apenas como fornecedora de aminoácidos e passa a exercer influência direta sobre mecanismos biológicos relacionados à imunidade, microbiota, integridade intestinal e metabolismo energético. Essa mudança amplia o papel dos ingredientes funcionais dentro das formulações e posiciona os peptídeos como ferramentas estratégicas para enfrentar desafios contemporâneos, como exigências de bem-estar, pressão regulatória sobre o uso de antibióticos e necessidade de maior previsibilidade zootécnica.

Nesse cenário, soluções como a linha BioActio mostram como a união entre ciência, tecnologia e gestão industrial pode gerar ingredientes de alto valor agregado.

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